i hope tonight you will touch my hair, play a sad old song and draw ghosts in my back.

Saturday, January 20, 2007

when i am missing you to death



"Dizes-me até amanhã
Que tem de ser, que te vais
Só que amanhã, sabes bem,
É sempre longe demais.
Acendes mais um cigarro
Inventas mil ideais
Porque o amanhã, sabes bem,
É sempre longe demais."



Esta podia bem ser a nossa música. (e precisaremos nós realmente de uma música?) Por nenhuma razão em especial. Porque odiamos despedidas, porque adiamos regressos. Porque eu gosto da tua maneira especial de fumar. Porque fazemos os ideais em que acreditamos. E porque tu nunca voltas depois do 'até amanhã', tal como todos os 'tus' nunca voltaram. Porque o meu 'amanhã' é mais rápido e mais curto do que o das outras pessoas, talvez. Diz-se na sabedoria popular que o que não nos volta é porque nunca foi realmente nosso, e eu confesso que já não acredito na história de amor que comecei a viver sozinha. As memórias que tenho de ti são fugazes, ainda ontem me lembrava do teu cabelo e hoje só tenho o teu cheiro. A tua voz confundiu-se com as vozes todas que tenho dentro da cabeça. E já nem sei quantos centímetros sobravam entre a minha mão e a tua, desde a última vez. És demasiado flutuante, demasiado fantasma e tão dolorosamente pouco concreto na minha cabeça.

Desculpa, (acho que) tenho de rever e actualizar o meu conceito de ti.




(escrito em Outubro de 2005, nunca fez tanto sentido como agora.)

Sunday, January 14, 2007

must be a devil between us. or whores in my head.

Conseguimos estar tão perto e tu derrepente decidiste puxar(-nos) o tapete e deixar-nos sem chão. O teu ego gordo asfixia o meu ego anorético de cada vez que decides falar no singular.

Voltas sempre com os olhos cheios e o coração nas mãos. (queres guardá-lo numa tombola de vidro e deixá-lo em cima do móvel a enfeitar a sala, para não estorvar.)

Deitas o coração ao lixo mas ele volta a aparecer-te pregado ao peito todas as manhãs, a bater mais rápido nas noites de insónias induzidas. Deitas-me fora sem te aperceberes, apesar de já te ter cantado que we're cha-a-a-a-a-ined.

Dou-te a minha mão e não consigo sentir a tua pulsação. Não é por respirares na minha boca que me sinto mais viva, se ao menos soubéssemos parar o tempo para voltar à vida.

O ar que te entra na boca e o coração que te bate no peito (ou nas mãos) estão descompassados. e se ao menos soubesses como os acertar sem fazer feridas, se nos acertássemos sem doer. But if you go I will surelly die.






Evil

dás-me ar
mas tiras-me o chão.

és um atentado á minha sanidade mental.

b.