i hope tonight you will touch my hair, play a sad old song and draw ghosts in my back.

Sunday, October 28, 2007

O meu coração nunca esteve tão cheio.



no entanto, eu nunca tive tanto medo.

Saturday, October 13, 2007

o teu nome.

Numa noite fria como esta, adormeço com o gira-discos a tocar; deixo-o ligado a noite inteira – as vozes que conhecem tão bem a minha insónia e me aquecem o coração gelado. Imagino como seria se me tivesses dado a tua mão e me impedisses de ficar no lugar onde o sol se pôs. Se soubesses há quanto tempo não tenho um dia de sol… Aqui há dias claros e calor. Mas os dias de sol para mim são estar contigo. Por isso digo que dias de sol ainda não tive nenhum desde que aqui estagnei, faz 2ª feira 18 anos. Se me tivesses dado a mão e me impedisses de ficar podíamos ter dias de sol até quando as nuvens não suportam a melancolia que se me entranhou e insistem em fazer companhia ás lágrimas que se desprendem dos meus olhos, meu amor.

Continuo a escrever-te cartas que lanço depois ao vento, (certamente alguma chegará um dia ás tuas mãos, que o vento também tem destas coisas) e tu continuas a sorrir-me, do alto da tua juventude, na fotografia que guardo á cabeceira.

Se um dia quis fugir, meu amor, foi contigo. Se tínhamos um mundo tão nosso e podíamos tão bem bastar-nos, porque havias tu de recusar os meus laivos de insanidade temporária? Fugiste-me ainda antes de fugirmos juntos para a liberdade. Guardo hoje memórias da felicidade que podias ter partilhado comigo. Aliás, guardo memórias de todas as noites que me vens visitar e te enrolas no meu pescoço e me aconchegas a roupa e me dizes que sou a mais bonita até de olhos fechados, eu acreditava (e ainda acredito) porque sei que já deste a volta ao mundo, deves saber do que falas. Não me esqueço que costumavas dizer-me que havias de levar-me ao país do Outono a pisar folhas secas contigo, um país de que já não te lembravas o nome (tomara, o mundo é tão grande e nem eu alguma vez me afastei muito de casa). Íamos beber chocolate quente da mesma caneca, usar cachecóis coloridos todos os dias e trocar risadas, provocadas pelo dança dos nossos cabelos com o vento – que nos fariam cócegas no nariz e nos deixariam sempre despenteados, sem sequer nos importarmos. Íamos ser felizes para sempre.

Sabes, ainda tenho o batom vermelho guardado, o teu preferido, caso me venhas buscar um dia destes para uma valsa, vai dar jeito para me aquecer os lábios mordidos na ânsia que é esperar-te.

Ainda hoje fecho os olhos, até de dia, á espera de uma visita tua, meu amor.


18 anos… não queiras permitir que o tempo que não estivemos juntos atinja a maioridade.


Já não me lembro do teu nome (nem me lembro se alguma vez o soube) e vou continuar a insistir - enquanto os dias forem dias - que não tens nome, que nunca precisaste que alguém te chamasse um nome mais feliz que ‘meu amor’ – que me aquece o peito só de repetir baixinho, na tua ausência, que me vai mantendo viva desde o dia em que me largaste a mão, Meu Amor.

Sunday, October 07, 2007

filmes do coração.





(e uma das minhas cenas preferidas de sempre.)

b.