i hope tonight you will touch my hair, play a sad old song and draw ghosts in my back.

Monday, December 31, 2007

meu amor:

tenho medo de te dizer que te amo. (que posso eu saber do amor para além das nossas tardes de sol?) é que, a meu ver, tudo o que temos e nos damos faz parte de algo bem maior.




Saturday, December 29, 2007

Wednesday, December 26, 2007

B.

Gosto de encostar a minha cabeça no teu peito e sentir o bater do teu coração nos meus lábios, nos meus olhos e nas minhas mãos. Vou-me embora de mansinho para que nenhum som se sobreponha ao teu compasso e quando viro as costas, o meu coração a bater és tu.

Friday, December 21, 2007

lição de voo nº1.




"eventualmente o peito deixa de doer."

Tuesday, December 18, 2007

já passa da meia-noite e não há ninguém do outro lado do telefone.

Terminei a sessão no msn três minutos antes da meia-noite. Quis ter a certeza de que me desligava do mundo, que ninguém me iria dirigir palavras bonitas só por simpatia. Hoje só falo com quem realmente tem algum interesse em dar um bocadinho de cor aos meus dias, a quem eu realmente importo. Quero sinceridade, não aceito conversas da treta. Estou assustada e acabei por cair no maior cliché de todos. Estou em pânico mas não é dia para chorar. E nem me importa que chova, só quero alguma paz e uma lareira bem pertinho do coração.

Monday, December 10, 2007

147 days since we've been together.




you are my, my everyday girl. and everyday, everyday I think of your smile.

I can wonder with you,wonder everyday.

and darling I can see you when I close my eyes, and in my dreams you're always there.


we're like dreamers in nice colors, childlike dreamers underwater. we're the dreamers in nice colors and the colors are like summer. on and on. on and on. on and on. Oh.







*fotografia de Helena Kvarnstrom

Saturday, November 24, 2007

desamar.

"Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?"

Caio Fernando Abreu

Sunday, October 28, 2007

O meu coração nunca esteve tão cheio.



no entanto, eu nunca tive tanto medo.

Saturday, October 13, 2007

o teu nome.

Numa noite fria como esta, adormeço com o gira-discos a tocar; deixo-o ligado a noite inteira – as vozes que conhecem tão bem a minha insónia e me aquecem o coração gelado. Imagino como seria se me tivesses dado a tua mão e me impedisses de ficar no lugar onde o sol se pôs. Se soubesses há quanto tempo não tenho um dia de sol… Aqui há dias claros e calor. Mas os dias de sol para mim são estar contigo. Por isso digo que dias de sol ainda não tive nenhum desde que aqui estagnei, faz 2ª feira 18 anos. Se me tivesses dado a mão e me impedisses de ficar podíamos ter dias de sol até quando as nuvens não suportam a melancolia que se me entranhou e insistem em fazer companhia ás lágrimas que se desprendem dos meus olhos, meu amor.

Continuo a escrever-te cartas que lanço depois ao vento, (certamente alguma chegará um dia ás tuas mãos, que o vento também tem destas coisas) e tu continuas a sorrir-me, do alto da tua juventude, na fotografia que guardo á cabeceira.

Se um dia quis fugir, meu amor, foi contigo. Se tínhamos um mundo tão nosso e podíamos tão bem bastar-nos, porque havias tu de recusar os meus laivos de insanidade temporária? Fugiste-me ainda antes de fugirmos juntos para a liberdade. Guardo hoje memórias da felicidade que podias ter partilhado comigo. Aliás, guardo memórias de todas as noites que me vens visitar e te enrolas no meu pescoço e me aconchegas a roupa e me dizes que sou a mais bonita até de olhos fechados, eu acreditava (e ainda acredito) porque sei que já deste a volta ao mundo, deves saber do que falas. Não me esqueço que costumavas dizer-me que havias de levar-me ao país do Outono a pisar folhas secas contigo, um país de que já não te lembravas o nome (tomara, o mundo é tão grande e nem eu alguma vez me afastei muito de casa). Íamos beber chocolate quente da mesma caneca, usar cachecóis coloridos todos os dias e trocar risadas, provocadas pelo dança dos nossos cabelos com o vento – que nos fariam cócegas no nariz e nos deixariam sempre despenteados, sem sequer nos importarmos. Íamos ser felizes para sempre.

Sabes, ainda tenho o batom vermelho guardado, o teu preferido, caso me venhas buscar um dia destes para uma valsa, vai dar jeito para me aquecer os lábios mordidos na ânsia que é esperar-te.

Ainda hoje fecho os olhos, até de dia, á espera de uma visita tua, meu amor.


18 anos… não queiras permitir que o tempo que não estivemos juntos atinja a maioridade.


Já não me lembro do teu nome (nem me lembro se alguma vez o soube) e vou continuar a insistir - enquanto os dias forem dias - que não tens nome, que nunca precisaste que alguém te chamasse um nome mais feliz que ‘meu amor’ – que me aquece o peito só de repetir baixinho, na tua ausência, que me vai mantendo viva desde o dia em que me largaste a mão, Meu Amor.

Sunday, October 07, 2007

filmes do coração.





(e uma das minhas cenas preferidas de sempre.)

Monday, September 24, 2007

i don't know what I can save you from.


(ainda assim, estou disposta a comer os teus fantasmas e mastigá-los 60 vezes com cada dente antes de engolir cada um.)




Friday, September 07, 2007

Serias o super herói que almejavas se tivesses aceite resgatar-me da melancolia latente que me nasce no coração todos os dias, não tivesses sido tu a guiar-me até aqui.









(saído do baú, literalmente.)

Wednesday, August 29, 2007

Sunday, August 26, 2007

não me olhes assim.



tens estrelas nos olhos a queimar-me a pele.

Sunday, August 19, 2007

There's a life for me and you.











"But it could be home, it could be home, it could be home, it could be home
For you and me." (it really could.)

Thursday, August 09, 2007

para a Raquel.






"Tenho o prazer de poder dizer
Que sou aceite mesmo imperfeito.
Não te quero em nenhum pretérito,
Já que o presente é mais-que-perfeito."
B.

Saturday, July 14, 2007

put me in your supermarket list


and i'll bury myself so deep inside you and i'll be your tragedy and you won't have to find it anywhere else, pay for it on movie screens and play it in your songs, i can be all the tragedy you need and i'll tell you all my stories and you'll look so serious and maybe you'll cry and you'll say you're so sorry you're so sorry and i'll write myself onto your palms onto your lips you'll swallow me hard you'll wonder if you're one of my stories too and one day the back of your hand will run into my cheekbone.


your hand will run into my cheekbone and i'll become sand.


the times you fell in love me with were: when i ran out of the store and you found me on the floor in the bathroom and i would not stop shaking. when i could not breathe on the bench. when i borrowed scissors from your mother to cut up my pills and did not brush my hair. i am running out of reasons for you to love me even before the piss yellow snow melts and you know it is up to you now. you love me best with a wet face and swollen lips and i don't mind much.


sometime in december i run out of the house with no shoes and it is the first time i have left for a week. i cross ashland and stare at the ground and there is no one to see me, past the laundromat where you buy me gum and rubber bouncy balls while we wait for the bleach to take away that week's accidents. the laundromat is owned by a very nice hispanic man and it is called soapy's. that's where we tell people to turn left to come visit us but no one comes anymore. it's so quiet at night here and then the freight train goes by and i regret not getting to the tracks sooner just to be close to the sound. you watch tv and imagine my body crushed by boxes carrying lumber, cars, and children's cold medicine.





fotografia de Helena Kvarnstrom, (como de costume), e excerto do seu livro Violence.

Sunday, May 13, 2007



É uma voz que, como todas as outras, não tem olhos e, por isso, sozinha, não sabe exactamente onde está.


José Luís Peixoto




fotografias de Helena Kvarnstrom

Friday, May 11, 2007

young folks





que deixasses de me fazer falta.
que eu fosse capaz de adormecer com a serenidade de aceitar que não voltas. que o inverno trouxe a tempestade mas amanhã posso estrear um vestido e andar descalça porque os próximos dias vão ser relva debaixo dos nossos pés.






Saturday, April 14, 2007

so you wanna be a superhero.




There's banging on the wall
It's 5 am i've no sleep at all
Just thoughts of how i might
Struggle through tomorow
Too much time in one day
Too much time to occupy
With boring thoughts
Boring moods
Boring bedtimes
Won't tell a single soul
That my soul's gone
It's hard to write this song
It's all a joke
It's all been wrote down by
Someone's that' probably dead


I might be leaving soon
I might be leaving soon


There's laughter from below
It's 1 am how could you have known
The thoughts of silence
That keep me from going
Back to sleep at night
Wish i could call someone i love
To stop thinking of myself
Long look in the mirror,
Just look so empty


You were right
I can't do this
I'm going crazy
It's fine by me
Now you can see
How much i've become empty


I might be leaving soon
I might be leaving soon
I might be leaving soon


My dreams full of what's not real
I'll fly away and save the world
I'll make you proud someday
I just won't be around to see your face
My life is full of what's not here
I'll go away and save myself
I'll make you proud today
I just won't be around to see your face



Carissa's Wierd, fotografias de Helena Kvarnstrom

Saturday, March 10, 2007

welcome, ghosts.

bem-vindos de novo ao conforto da minha esquizofrenia inventada.

Friday, February 23, 2007

i got so old just wondering how.





Lembra-te de repetir baixinho "caring is creepy", antes da guerra que se tornou para ti adormecer. enquanto tentas convencer-te que não foi nada, não dói nada e nunca vai doer mais que tudo no mundo. [porque os ollhos secos já não te deixam ver o sangue na parede. tu gritaste vida mas o eco devolveu-te dor. sabes há quanto tempo o vento não te beija os cabelos? ainda te lembras do sabor do vinho e da poesia? do calor do riso no inverno?]


na próxima não te esqueças de tirar o eyeliner.
(e de te manteres de pé.)






Sunday, February 18, 2007

do teu ombro vejo o mundo
é Lisboa em todo o lado.
soltam os cães atrás de mim.
amanhã de madrugada usa a roupa que escolhi
como adorno não um fardo.
levo o peito cheio de ti
deixo o resto á tua guarda.


Men Eater

Monday, February 12, 2007

never thought you'd fuck with my brain.








"Tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas" (devias ter-te lembrado, Principezinho.)

Friday, February 02, 2007

when there's nothing left to burn you've got to set yourself on fire.




quando já não há nada que nos aqueça as mãos. nem o coração.






Cause behind its door there's nothing to keep my fingers warm
And all i find are souvenirs from better times
Before the gleam of your taillights fading east
To find yourself a better life.

There's no blame for how our love did slowly fade
And now that it's gone it's like it wasn't there at all
And here i rest where disappointment and regret collide
Lying awake at night (up all night)
When i'm lying awake at night.








Saturday, January 20, 2007

when i am missing you to death



"Dizes-me até amanhã
Que tem de ser, que te vais
Só que amanhã, sabes bem,
É sempre longe demais.
Acendes mais um cigarro
Inventas mil ideais
Porque o amanhã, sabes bem,
É sempre longe demais."



Esta podia bem ser a nossa música. (e precisaremos nós realmente de uma música?) Por nenhuma razão em especial. Porque odiamos despedidas, porque adiamos regressos. Porque eu gosto da tua maneira especial de fumar. Porque fazemos os ideais em que acreditamos. E porque tu nunca voltas depois do 'até amanhã', tal como todos os 'tus' nunca voltaram. Porque o meu 'amanhã' é mais rápido e mais curto do que o das outras pessoas, talvez. Diz-se na sabedoria popular que o que não nos volta é porque nunca foi realmente nosso, e eu confesso que já não acredito na história de amor que comecei a viver sozinha. As memórias que tenho de ti são fugazes, ainda ontem me lembrava do teu cabelo e hoje só tenho o teu cheiro. A tua voz confundiu-se com as vozes todas que tenho dentro da cabeça. E já nem sei quantos centímetros sobravam entre a minha mão e a tua, desde a última vez. És demasiado flutuante, demasiado fantasma e tão dolorosamente pouco concreto na minha cabeça.

Desculpa, (acho que) tenho de rever e actualizar o meu conceito de ti.




(escrito em Outubro de 2005, nunca fez tanto sentido como agora.)

Sunday, January 14, 2007

must be a devil between us. or whores in my head.

Conseguimos estar tão perto e tu derrepente decidiste puxar(-nos) o tapete e deixar-nos sem chão. O teu ego gordo asfixia o meu ego anorético de cada vez que decides falar no singular.

Voltas sempre com os olhos cheios e o coração nas mãos. (queres guardá-lo numa tombola de vidro e deixá-lo em cima do móvel a enfeitar a sala, para não estorvar.)

Deitas o coração ao lixo mas ele volta a aparecer-te pregado ao peito todas as manhãs, a bater mais rápido nas noites de insónias induzidas. Deitas-me fora sem te aperceberes, apesar de já te ter cantado que we're cha-a-a-a-a-ined.

Dou-te a minha mão e não consigo sentir a tua pulsação. Não é por respirares na minha boca que me sinto mais viva, se ao menos soubéssemos parar o tempo para voltar à vida.

O ar que te entra na boca e o coração que te bate no peito (ou nas mãos) estão descompassados. e se ao menos soubesses como os acertar sem fazer feridas, se nos acertássemos sem doer. But if you go I will surelly die.






Evil

dás-me ar
mas tiras-me o chão.

és um atentado á minha sanidade mental.

b.