Na última vez que me abraçares, lembra-te de me apertar contra o teu peito com força, agarra-me bem com as duas mãos. Deixa-me chorar tudo o que tenho cá dentro, com tudo o que faz parte de mim, por fora – olhos, boca, pulmões e mãos. Não rejeites as minhas mãos quentes, lembra-te do aconchego que te deram em tempos, e mostra-me os teus olhos tristes – o fim de uma relação é sempre a maior tragédia do mundo. Todos os laços que se quebram, os sorrisos que se partem, uma infinidade de abraços e expressões de doçura a desfazerem-se, como lixo que se pisa no chão. Dois mundos que deixam de ser poesia,
conheces alguma coisa mais triste?